quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Transexual Alemã é a pessoa mais jovem a realizar cirurgia de transgenitalização


Lembro, que quase no fim de 2003, ao folhear uma Veja me deparo com a foto de uma garotinha alemã de cabelos vermelhos encostada à uma árvore. A legenda da foto, que fazia parte de uma matéria que ocupava um lado de página, informa que se tratava de Tim, ou melhor Kimberly, 13 anos, que numa decisão inédita tornara-se a pessoa mais jovem a receber autorização para os procedimentos de transgenitalização um ano antes.

O texto dizia que desde muito cedo Kim, como é conhecida socialmente, sempre manisfestou comportamentos "típicos de meninas", na escola ou na família. Com a chegada da adolescência também chegaram os conflitos. De acordo com fontes da revista, Kim começou a entrar em pânico com as mudanças que se manifestavam e a família decidiu entrar na justiça para que a garota começasse seu processo de adquação(?) corporal. Um tribunal de Frankfurt deu ganho de causa e ainda naquele ano Kimberly começou com o tratamento hormonal e o acompanhamento psiquiátrico e psicológico que fazem parte dos procedimentos nesses casos.

A decisão do tribunal determinava, também, que o último passo do tratamento não se realizasse antes que Kim completesse 16 anos. Pois bem agora, quatro anos depois do inicio de um longo tratamento, Kim torna-se a transessual mais jovem a passar por uma cirurugia de transgenitalização.

A cirurgia ocorreu em segredo mês passado em um hospital universitário em Frankfurt e foi realizada após autorizão da justiça baseada em um parecer dos psicólogos que a acompanharam durante todo proceso. A autorização geral muita polêmica.

Em entrevista ao "Sun", Kim disse que não vê a hora de colocar seu biquini preferido e sair para nadar. A jovem, que trabalha como modelo e já gravou um cd, contou ainda que desde os 2 anos de idade já sabia que queria ser menina e que ao ser questionada como é ser mulher, responde que sempre se sentiu como uma.

A cirurgia de transgenitalização é uma das demadas das e dos transessuais em todo mundo, entretanto, diferente do que muitos imaginam não é uma alternativa que todos buscam. Muitxs transessuais lutam pelo direito ao reconhecimento legal de seus gênero sem a necessidade da cirurgia.

No fim do ano uma jovem transexual argentina ganhou na justiça o direito de mudança de nome e gênero em documentos oficiais sem ter passado por mudança de genitália. No Brasil o "tratamento" dura dois anos e não garante que a/o candidatx tenha direito a mundança de genital.

A transgenitalização é a forma que muitxs transexeuais enxergam como única saída para se tornarem inteligentes socialmente, isso porque, a identificação gênero/genital é a forama como se estrutura as relações sociedade/corpos. No Brasil xs transexuais que passam pelo procedimento de transgenitalização ao terem seus docomuntos oficiais mudados percebem que onde deveria haver o "gênero condizente com os corpos" encontram: Homem transexual(de homem para mulher) e Mulher Trasexual (de mulher para homem).





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