domingo, 18 de janeiro de 2009

Sobre mulheres e traição


A Favorita acabou na sexta-feira, 16 de janeiro, mas ainda vai render por algum tempo. Várias coisas me chamaram atenção na novela. A maneira como o autor, João Emanuel Carneiro, encaminhou a trama foi muito bem-vinda, principalmente para dar um freesh no formato.

Entre tantas tramas que foram desenvolvidas no folhetim o triângulo amoroso Damião-Dedina-Elias foi um dos que mais me chamou atenção. Em uma novela onde o autor se propôs contar estórias sobre gays, mulheres que deram um basta na situação de violência em que viviam, mulheres independentes, gravidez independente, situações que ainda causam muito desconforto e que a maioria prefere varrer para debaixo do tapete, me chama atenção que a questão da traição feminina tenha sido conduzida da forma que foi.

Foi muito bom ver uma mulher trair sem cair no lugar comum. Não havia ali as razões esperadas para que isso acontecesse, era apenas tesão e pronto! Amor? Sim ela tinha, pelo marido! O outro? O outro era apenas uma boa foda, uma diversão. Sim, a Dedina estava interessada apenas na foda que o Damião poderia proporcionar a ela ao mesmo tempo, em que, era só mais uma aventura do Damião e esposa de Elias.

Com o desenvolvimento da trama o que se viu foi a escolha da personagem como única a estar na condição de traidora. Como fas? Por que isso? Quer dizer que os outros dois "ok, somos homens, sabe como é?" ? Meu cú! Não dá mais para aceitar esse tipo de coisa!

Todos ali estavam em condições iguais. O Elias era apenas esposo da Dedina e assim que a chutou de casa tratou de retomar seu romance com a mulher que ele realmente queria. O Damião era amigo do outro e não pensou nisso quando "se deixou seduzir". E ainda tinha a Greice, que em seus discursos, esquecia sempre que "seu homem" a tinha traído.

Todos os insultos, todo sofrimento e toda humilhação foram direcionados para aquela mulher casada que decidiu fuder por tesão. Os outros? Bom os outros seguiram suas vidas: um como a vítima, o outro como o seduzido redimido, a outra como aquela que lutou pelo "homem da sua vida", mas em comum todos continuaram suas vidas normalmente com exceção da Dedina.

Uma das cenas que mais me impressionou foi a do jantar em que a Diva a chamou para participar. Foi bastante tocante vê-la reclamar a posse de sua casa, seus utensílos, sua história. . . e no fim . . . bem no fim ela precisou ajeitar sua bagunça.

2 comentários:

Pedro Canto disse...

Te decide no tom do texto...

Acreditando que era um texto mais forma, como realmente parece, ler sobre teu cu e ver "Faz" escrito com s eu levei um susto!

Revisa!

Pedro Canto disse...

formal*